Pela primeira vez, desde o início da pandemia do COVID, o evento aconteceu de forma híbrida – presencial e virtual –, com transmissão através dos canais no Youtube e Facebook do Núcleo Memória, do Memorial da Resistência e do Tutaméia.
A abertura da atividade foi realizada por Ana Pato, coordenadora do Memorial da Resistência, e Maurice Politi, diretor administrativo do Núcleo Memória. A mediação foi do Prof. Ailton Fernandes, diretor da Casa de Cultura do Sindicato dos Professores de São Paulo (Sinpro/SP). Para celebrar o retorno dos encontros presenciais, contamos com a apresentação do cantor Caio Muniz.
Maria Aparecida Aquino, professora do Departamento de História da Universidade de São Paulo (USP), apresentou a temática “Os impactos sociais da ditadura civil-militar brasileira e a suspensão das eleições”. Aquino elucidou as etapas de instauração e tentativa de legitimação do regime no país, e destacou a importância da sociedade civil no processo. “Ele é um regime civil-militar”, explicou, “há um apoio de parcelas da população que vão dar, ou buscar dar, uma certa legitimidade àquilo que não a tem”.
Marcelo Ridenti, professor do Departamento de História da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), refletiu sobre “As organizações de resistência pós 1964: suas pautas e formas organizativas” e ressaltou as particularidades desses grupos. Ridenti diferenciou as oposições institucional e clandestina, a favor e contra a guerrilha armada, os debates internos. “Então havia essa divergência. A revolução brasileira será socialista ou será social democrática? E que formas de luta nós vamos ter para combater a ditadura e, ao mesmo tempo, encaminhar a revolução?”, exemplificou o professor.
Já Sônia Brandão, professora de História da rede privada de ensino (Sinpro/SP), trouxe para o debate “A experiência com o conteúdo de história da Ditadura Militar no Ensino Médio”. Brandão apresentou uma atividade que realiza com seus alunos, fora da sala de aula, visitando lugares de memória da cidade de São Paulo. O trajeto inclui os edifícios do antigo DOI-Codi, das antigas Auditorias Militares - onde será instalado o futuro Memorial da Luta Pela Justiça -, o portal do antigo Presídio Tiradentes, entre outros. “Eles não querem que a gente lembre, nós estamos nos esforçando pra lembrar”, justificando a importância do projeto.
A próxima edição do Sábados Resistentes é dia 21 de maio, acompanhe a nossa programação!
Para conferir a atividade na íntegra, basta clicar em um dos links a seguir.
Núcleo Memória (Youtube): https://bit.ly/ytnmsabadoresistenteabril
Núcleo Memória (Facebook): https://bit.ly/fbnmsabadoresistenteabril
Memorial da Resistência (Youtube): https://bit.ly/ytmrsabadoresistenteabril
Tutaméia (Youtube): https://bit.ly/yttutameiasabadoresistenteabril
Tutaméia (Facebook): https://bit.ly/fbtutameiasabadoresistenteabril
Instagram Caio Muniz: @munizcaiocesar